quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DESPOTISMO - Tirania


Adversário soez do homem, vence-o impiedosamente. Remanescente da barbárie, teima por sobreviver. Cômpar do egoísmo, açula-o e sobrepõe-no na aparência perniciosa. O despotismo é, sem dúvida, das imperfeições graves, uma das que mais engendra antipatia, provocando animosidade onde se revela. O déspota é alguém que se ignora. Atribuindo-se valor que não possui, autohipnotiza- se, respirando a psicosfera deletéria que emana e que continuamente o intoxica.
Resíduo de vidas pregressas em que a presunção governava o espírito, ora em reencarnação purificadora, deve ser combatido por todos os meios, a benefício da libertação de quem lhe padece o nefando cerco. Desvela-se nos pequenos gestos e agalardoa-se na exteriorização das atitudes e das expressões.
Somente as suas vítimas não percebem o ridículo de que se fazem instrumento, porquanto, a cegueira em que se movimentam fá-los agitar-se em esfera de sombras. Passam e deixam pegadas odientas. Estacionam e tornam-se detestados, não obstante a aparente grandeza ou o aparente valor que se dão, tornando-se singulares simulacros de potentados ou nobres na ilusão que acalentam. Fiscaliza, desse modo, os escaninhos da tua personalidade e burila as arestas grotescas que insistem em impedir-te o aprimoramento no teu expressivo esforço. 
Não é o homem responsável, apenas, pelo mal que faz, como também o é pelo mal que inspira... O homem é, assim, o que vitaliza, produzindo o que constrói intimamente. 
Para a vitória sobre ti mesmo, na conjuntura da abençoada reencarnação que desfrutas, imprescindível submeter-te a eficiente programa de ação que não pode ser negligenciado. Auto-análise, trabalho singelo, prece constante e exercício da sadia convivência com os mais infelizes conseguem lobrigar excelentes resultados contra o despotismo. Recorda que a vida física é breve, por mais longa pareça e, ao extinguir-se, cada um ressuscita com os estigmas ou virtudes que estimulou, fitando a retaguarda e considerando a forma feliz ou desventurada com que utilizou o tempo.
A oportunidade que te chega, abençoada, quiçá não a mereças. 
Utiliza-a gerando simpatia e fazendo o bem pelo autoaprimoramento enquanto ela te luz. Se não é lícito desdenhar-se a si mesmo, não é crível autovalorizar-se, subestimando o próximo.
O despotismo pode ser, também, considerado morte na vida. 
Assim, fixa o pensamento em Jesus e tenta assimilar-Lhe a grandeza da humildade com que até hoje a todos nós fascina e através da qual alcançarás os páramos da felicidade plena e total, após as lutas redentoras.

Nenhum comentário: