quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bendita seja a tua esperança!


A concentração de amor verdadeiro produz bendita claridade na alma.

A luz é substância divina gerada nas fontes superiores do Espírito Eterno.
Feliz de ti, que compreendeste sem tibieza a necessidade de alijar os próprios caprichos para que a Vontade do Senhor te favorecesse o santuário da consciência.
A mente que atira para fora de si o obscuro e pesado material dos interesses menos dignos prepara-se valorosamente para o celeste sinal da irradiação espontânea.
As preocupações indesejáveis passaram.
Principiaste a renunciar com sinceridade ao “homem velho” e a “criatura nova em Cristo se vai formando em teu coração.
Bendita seja a tua esperança!
Não te esqueças de que o amor dá sempre, principalmente de si mesmo, de suas próprias forças e alegrias.
Por agora, os raios de tua boa-vontade brilharão nas horas culminantes da fé, pelo concentração de poderes espirituais na prece; todavia, à medida que te recolhas ao exercício legítimo do amor cristão, em demonstrações genuínas de entendimento do Evangelho sentido, vivido e aplicado, controlarás tua capacidade irradiante, segundo os ditames da própria alma!
Ama sem paixão, espera sem angústia, trabalha sem expectativa de recompensa, serve a todos sem perguntar, aprende as lições da vida sem revolta, humilha-te sem ruído ante os desígnios superiores, renuncia aos teus próprios desejos, sem lágrimas tempestuosas, e a vontade justa e compassiva do Pai iluminar-te-á constantemente o coração fraterno e o caminho redentor!
Ora, vigia, movimenta-te no esforço digno e sê feliz, meu amigo! A tua luz crescerá com a dilatação de teu devotamento ao Bem Infinito.


Irmão Jacob
(In: Voltei - Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ORIENTANDO E AUXILIANDO



Quando o discípulo indagou do orientador quanto ao melhor conselheiro que devia buscar nas horas graves da vida, respondeu o mestre:

- Sim, meu filho, você disporá de muitos amigos e instrutores que lançarão luz em seu caminho, entretanto, o melhor conselheiro, aquele de que você realmente necessita, você o encontrará sempre na face de um espelho.

O Jovem desejou observar a marcha do rebanho, a fim de estudar-lhe o mecanismo.
Depois de verificar o carinho vigilante do pastor e reconhecer com que ternura cuidava da condução da pequena comunidade, compreendeu que cabia a cada ovelha caminhar com seus próprios pés.

A Palavra é a bússola de nossa alma, onde estivermos.

domingo, 13 de dezembro de 2009

CONDUTA BÁSICA



Diante de tudo, estabelece Jesus para nós todos uma conduta básica, de que todas as providências exatas se derivam para a solução dos problemas no caminho da vida.


SOMBRA – Requer a Caridade da luz.

IGNORÂNCIA – Requer a Caridade do ensino.

PENÚRIA – Requer a Caridade do socorro imédiato.

DOENÇA – Requer a Caridade do remédio.

INJÚRIA – Requer a Caridade do silêncio.

TRISTEZA – Requer a Caridade do consolo.

AZEDUME – Requer a Caridade do sorriso.

CÓLERA – Requer a Caridade da brandura.

OFENSA – Requer a Caridade da tolerância.

INSULTO – Requer a Caridade da prece.

DESEQUILÍBRIO – Requer a Caridade do reajuste.

INGRATIDÃO – Requer a Caridade do esquecimento.

Diante de cada criatura, exerçamos a caridade do serviço e da bênção. Todos somos viajores na direção da Vida Maior. Doemos amor à Deus, na pessoa do próximo, e Deus, através do próximo, dar-nos-á mais amor.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

IRRITABILIDADE E TODOS NÓS



Observação estranha, mas fato real. As ocorrências da irritação aparecem muito mais frequentemente nos caracteres enobrecidos. Espécie de enfermidade da retidão, se a retidão pudesse adoecer.

A pessoa percebe a grandeza da vida, acorda para a responsabilidade, consagra-se à obrigação e passa a prestigiar disciplina e tempo; adquirindo mais ampla noção do dever, que reconhece precisar exprimir-se irrepreensivelmente executado, supõem-se com mais vasta provisão de direitos. E, por vezes, leva mais longe que o necessário a faculdade de preservá-los e defendê-los, iniciando as primeiras formações de irascibilidade, através da superestimação do próprio valor. Instalado o sentimento de auto-importância, a criatura abraça facilmente melindres e mágoas, diante de lutas naturais que considera por incompreensões e ofensas alheias.

Chegando a esse ponto, as vítimas dessa perigosa síndrome, vinculado à patologia da mente, surgem perante os mais íntimos na condição de enfermos prestimosos, amados e evitados, de vez que não se lhes pode ignorar a altura moral e nem adivinhar o momento da explosão. E porque o mau-humor dos espíritos respeitáveis, pelo trabalho que exercem e pela conduta que esposam, dói muito mais que a leviandade de criaturas menos afeitas à dignidade e ao serviço, semelhantes companheiros estimáveis e preciosos são procurados tão-somente em regime de exceção ou postos à margem pela gentileza dos outros, interpretados à conta de amigos temperamentais ou nervosos distintos.

Examinemos a nós mesmos.

Dirijamos para dentro da própria alma o estilete da introspecção.

Se a agressividade nos assinala o modo de ser, tratemos do caráter enfermiço, com a mesma atenção com que se medica um órgão doente. E se nossa consciência jaz tranqüila , na certeza de que temos procurado realizar o melhor ao nosso alcance, no aproveitamento das oportunidades que o Senhor nos concedeu, estejamos serenos na dificuldade e operosos na prática do bem, à frente de quaisquer circunstância, lembrando-nos de que a erva-de-passarinho asfixia de preferência as árvores nobres e a tiririca se alastra , como verdadeira calamidade, justamente na terra boa.

 

Do livro: Estude e Viva, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

FELICIDADE E TRABALHO



Felicidade e trabalho - dois temas da vida que se complementam - à maneira do teto e do alicerce de uma construção.

Indubitavelmente, a Terra ainda é uma estância de provas regenerativas, sem possibilidade de oferecer-nos a felicidade integral; entretanto, nela encontramos todo o material de que necessitamos para alteá-la na categoria dos mundos.

Dificuldade, tribulação, sofrimentos e atritos são alguns dos agentes, com os quais se nos fará possível organizar o aperfeiçoamento de nós mesmos.

Se podemos sugerir o começo do imenso trabalho alusivo á realização que demandamos, é preciso erradicar a insatisfação que tantas vezes nos caracteriza, instalando em nós outros, o amor e a humildade, a paciência e a coragem, por instrumentos de serviço que nos será possível manejar com acerto, em nosso próprio benefício.

Não existe pântano que não possa ser drenado e nem penúria que a benemerência não consiga extinguir.

Em suma, estamos todos - os espíritos vinculados à Terra - num plano de grandes conflitos, carregando o fardo de nossas imperfeições, adquiridas ao longo dos milênios, mas o Supremo Pai jamais nos sonegou a bênção da esperança e, em razão disso, ser-nos-á possível aceitar os agentes de que dispomos, a fim de melhorar-nos, melhorando a vida, em torno de nós.

A vida no Planeta é assinalada por embates e antagonismos diversos, no entanto, a paz e a alegria se nos farão companheiros em todos os dias da Terra e do Mais Além, se nos dispusermos a aceitar a existência que nos foi concedida, a amar aos nossos semelhantes e a servir incessantemente, realizações que demandam unicamente uma só atitude:

- Trabalhar.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Monte Acima, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ALCCOLISMO E OBCESSÃO...



O alcoolismo é um dos maiores inimigos da criatura humana. É de lamentar-se que o seu uso seja tão generalizado e, infelizmente, haja adquirido status na sociedade. As reuniões, as celebrações e festividades outras, sempre se fazem acompanhar de bebidas alcoólicas, responsáveis por incontáveis danos ao organismo humano, à sociedade. Acidentes terríveis, agressões absurdas, atitudes ignóbeis decorrem do seu uso, além dos vários prejuízos orgânicos, emocionais e mentais que acarretam.
Verdadeiras legiões de vítimas se movimentam pelas avenidas do mundo, como enxameiam nos campos, permanecem nos tugúrios da miséria ou nas celas sombrias dos cárceres e dos hospitais, apresentando o triste espectáculo da decadência humana. Milhões de lares sofrem os infelizes lances da sua crueldade.
No inquietante momento em que o uso das drogas é responsabilizado pela vigência de inumeráveis crimes hediondos, e se levantam muitas vozes em protesto, buscando encontrar as causas sociológicas, psicológicas e outras, para explicar a avalanche sempre crescente e assustadora de viciados, urge que se estudem também os problemas do alcoolismo e suas consequências, não menos alarmantes.
O alcoolismo, ou a dependência do uso exagerado de bebidas alcoólicas, constitui-se um grave problema médico, em face dos danos que causa ao organismo do indivíduo e ao grupo social no qual este se movimenta. A sua gravidade pode ser considerada pelo número dos internados em hospitais psiquiátricos com desequilíbrios expressivos. As recidivas, após o cuidadoso tratamento, são numerosas, não se considerando que as suas vítimas ultrapassam em grande número as outras toxicomanias.
Na antiguidade, o uso de bebidas alcoólicas tornou-se comum e quase elegante, caracterizando uma forma ou de fuga ante os desafios. Acreditava-se, no passado, que o álcool e seus derivados diminuíam as angústias e tensões, posteriormente se afirmando ou se justificando possuírem propriedades fisiológicas, produzindo estímulo e vigor orgânicos.
O alcoolismo decorre de muitos factores, entre os quais a personalidade e a tolerância do organismo do paciente, variando com a idade, o sexo, hereditariedade, hábitos e costumes, constituição e disposição orgânica.
Pode ser resultado de causas ocasionais, secundárias, psicopáticas e conflituosidade neurótica.
Experiências ocasionais, uso após problemas de natureza orgânica e mental – como na epilepsia, na arteriosclerose cerebral -, compulsão pela hereditariedade e o condicionamento após o hábito, resultando na conflituosidade neurótica.
No começo, o indivíduo pode experimentar euforia, dinamismo motor, porém vai perdendo o controle, o senso crítico, tornando-se inconveniente. Com o tempo, surgem outros distúrbios orgânicos, tais as náuseas, os vómitos, a incontinência urinária e, por fim, o sono comatoso, no estado mais avançado.
À medida que a dependência aumenta e o uso se faz mais frequente, a bebida alcoólica afecta o sistema nervoso, o trato digestivo, o aparelho cardiovascular. As complicações que degeneram em gastrite e cirrose hepática são inevitáveis, levando à morte, qual sucede no câncer do esófago e do estômago. Do ponto de vista psíquico, o alcoólatra muda completamente o comportamento, e suas reacções mentais são alteradas, a começar pelos prejuízos de memória, a culminar no delirium tremens, sem retorno ao equilíbrio…
O alcoolismo (alcoolofilia) é, portanto, uma enfermidade que exige cuidadoso tratamento psiquiátrico. No entanto, porque ao desencarnar o alcoólatra não morre, permanecendo vitimado pelos vícios, quase sempre busca sintonia com personalidades frágeis ou temperamentos rudes, violentos, na Terra, deles se utilizando em processo obsessivo para dar prosseguimento ao infame consumo de álcool, agora aspirando-lhe os vapores e beneficiando-se da ingestão realizada pelo seu parceiro-vítima, que mais rapidamente se exaure. Torna-se uma obsessão muito difícil de ser atendida convenientemente, considerando-se a perfeita identificação de interesses e prazeres entre o hóspede e o seu anfitrião.

Manoel Philomeno de Miranda
(Médico; Escritor; Conferencista. – Brasil: 1876-1942)

MOCIDADE



Mocidade é força. Mas, se a força não estiver sob a direção da justiça pode converter-se em caminho para a loucura.

Mocidade é poder. Entretanto, se o poder não aceita a orientação do bem, depressa se converte em tirania do mal.

Mocidade é liberdade. Todavia, se a liberdade foge à disciplina é, invariavelmente, a descida para deplorável situação.

Mocidade é chama. No entanto, se a chama não sofre no controle do proveito justo, em breve tempo se transformará em incêndio devastador.

Mocidade é carinho. Mas, se o carinho não possui consciência de responsabilidade, pode ser veneno mortal para o coração.

Mocidade é beleza de forma. Contudo, se a beleza de forma não se enriquece com o aprimoramento interior, não passa da máscara perecível.

Mocidade é amor. Entretanto, se o amor não se equilibra na sublimação da alma, cedo se transforma em paixão infeliz.

Mocidade é primavera de sonhos. Todavia, se a primavera não se enobrece no trabalho digno, todo o nosso idealismo será simplesmente um campo de flores mortas.

Se te encontras na hora radiante da juventude, não te esqueças de que o tempo é o nosso julgador implacável.

A plantação de agora será a colheita depois.

Nossas esperanças dia-a-dia se materializam nas obras a que nos destinamos. A lei será sempre a Lei.

Povoam-se e despovoam-se os braços e túmulos para que o Espírito, divino caminheiro - através da mocidade e da velhice do corpo terrestre -, desenvolva, em si, as asas que o transportarão ao cimo da vida eterna.

Assim, pois, se realmente procuras a felicidade incorruptível, confia teu coração e tua mente ao Cristo Renovador, a fim de que, jovem hoje, te faças, o caráter sem jaça que lhe refletirá no mundo a Divina Vontade.

 


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Escrínio de Luz, Médium


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

DESPERTAMENTO...


Busquemos sim, meus amigos, ouvir a palavra daqueles que nos antecederam na ascensão à Vida Superior, mas, antes disso, comuniquemo-nos com os “mortos da Terra”, adensando a assembléia de ouvintes, à frente da mensagem da vida imortal.

Acordemos, com o nosso exemplo e com a nossa fé, os que adormeceram na jornada e guardam o coração rígido ou indiferente.

Levantemos aqueles que transformaram a existência em cemitério de impossibilidade, ante o sofrimento do próximo, os que enregelaram os melhores sentimentos no egoísmo esterilizante; os que converteram os bens do mundo em adornos frios e inúteis, os que transformaram o jardim em que respiram num túmulo florido e os que fizeram da oportunidade de viver auxiliando aos semelhantes um cadafalso de ouro a que se acolhem, receando o alheio infortúnio, porque há mais morte no caminho humano que no próprio sepulcro, para onde vos dirigis, procurando a revelação da verdade.

Estendamos braços vivos e corações ardentes aos nossos irmãos anestesiados no leito da improdutividade suntuosa ou no altar efêmero de fantasiosas prerrogativas.

A Terra espera por nós.

Trabalhemos, acordando os nossos irmãos do cotidiano, na renovação substancial de tudo e de todos para o Infinito Bem, porque a própria natureza é luz triunfante e todos somos herdeiros da Vida Universal.

 


pelo Espírito André Luiz - Do livro: Apostilas da Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

sábado, 7 de novembro de 2009

REFLEXÃO MENTAL


Quando os Instrutores da Sabedoria preconizam o estudo, não desejam que o aprendiz se intelectualize em excesso, para a volúpia de humilhar os semelhantes com as cintilações da inteligência, e, quando recomendam a meditação, decerto não nos inclinam à ociosidade ou ao êxtase inútil.

Referem-se à necessidade de nosso aprimoramento interior para mais vasta integração com a Luz Infinita, porque o reflexo mental vibra em tudo.

Nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.

Recolhe a força da vida em ondas de pensamento a se expressarem através de palavras e atitudes, exemplos e fatos.

Refletimos, assim, constantemente, uns nos outros.

É pelo reflexo mental que se estabelece o fenômeno da afinidade, desde os reinos mais simples da Natureza.

Vemo-lo nos animais que se acasalam, no mesmo tom de simpatia, tanto quanto nas almas que se reúnem na mesma faixa de entendimento.

Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registrar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projeção mental exerce sobre ele irresistível fascínio.

É desse modo que Espíritos encarnados podem influenciar entidades desencarnadas, e vice-versa, provocando obsessões e perturbações, tanto na esfera carnal como além-túmulo.

As almas que partem podem retratar as que ficam, assim como as almas que ficam podem retratar as que partem.

Quando pranteamos a memória de alguém que nos antecede, aí no mundo, na viagem da morte, atiramos nesse alguém o gelo de nossas lágrimas ou o fogo de nossa tortura, conturbando-lhe o coração, toda vez que esse Espírito não for suficientemente forte para sobrepor-se ao nosso infortúnio. E quando alguém se ausenta da carne, carreando aflições e pesares procedentes de nossa conduta, arremessará da vida espiritual sobre nossa alma os dardos magnéticos da lembrança infeliz que conserva a nosso respeito, prejudicando-nos o passo no mundo, caso não estejamos armados de arrependimento para renovar a situação, criando imagens de harmonia restauradora.

Em razão disso, convém meditar nos ideais, aspirações, pessoas e coisas que refletimos, porque todos nos subordinamos, pelo reflexo mental, ao fenômeno da conexão.

Estamos inevitavelmente ligados a tudo o que nos merece amor.

Essa lei é inderrogável em todos os planos do Universo.

Os mundos no Espaço refletem os sóis que os atraem, e a célula, quase inabordável do corpo humano, reflete o alimento que lhe garante a vida. Os planetas e os corpúsculos, porém, permanecem escravizados a leis cósmicas e organogênicas irrevogáveis.

O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.

A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.

A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projeção do Pensamento Superior.

Tudo dependerá de nosso propósito e decisão.

Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.

É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.

Eduquemo-nos, estudando e meditando, para refletir a Divina Inspiração.

Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.

A atitude mental é que faz a diferença.

Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.

Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.

Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.

Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.

Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.

Todos temos fome de plenitude.

O desejo é o imã da vida.

Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe.

Aprendamos, pois, a querer o melhor, para refletir o melhor em nossa ascensão para Deus.


pelo Espírito Alberto Seabra - 
Do livro: Vozes do Grande Além, 
Médium: Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

HISTÓRIA DE UM SUICIDA...


- Escute, moço... Se é verdade que o senhor escreve para a Terra, conte o meu caso, amparando alguém...

A observação procedia de um rapaz desencarnado, em deplorável situação num vale de suicidas.

O seu corpo, que se adensava, pesado e escuro, se retorcia, qual se estivesse fixado em agitação permanente, e, na garganta, se lhe viam arroxeadas feridas, alentadas decerto pelos pensamentos de angústia a lhe repercutirem, constantes, na forma atormentada.

Percebi-lhe a condição de enforcado e diligenciei colocá-lo à vontade:

- Fale, meu irmão, quero ouví-lo e aprender.

E o jovem, desenfaixado do envoltório físico, desmanchou-se em agoniadas recordações:

- Sabe?... Fui no mundo uma vítima do copo... Tudo começou numa festa... Lembro-me... Um convite inocente... Brincadeira... Um colega abeirou-se de mim com um frasco de bebida licorosa... Em seguida, a intimação amiga: um trago, só um trago... Recusei... Não tinha hábito... Em derredor de nós a roda alegre e expectante... “Então, você – zombeteou o companheiro sarcástico -, então você é dos tais... Um maricas... Filhinho da mamãe... Que faz você com as calças?...” Ignorava que aceitar um desafio desses era perigoso para mim... Os outros bebiam e gargalhavam... Acabei aderindo... Engoli uma talagada, outra e mais outra... Depois, a cabeça zonza e o prazer esfuziante... No dia seguinte, a necessidade do aperitivo... E, dos aperitivos, passei à bebedeira inveterada... Alfaiate bem pago, a breve trecho comecei a deteriorar-me em serviço... Erros, faltas, pileques, ressacas... Terminadas as tarefas cotidianas, trocava o lar pelo bar... E sempre o quadro lastimável, noite a noite... Amigos me apoiando até a casa e, na porta, a cansada mãezinha a esperar-me... Constantemente, a mesma voz doce, insistindo e abençoando... “Meu filho, não beba! Não beba mais!...” Minha reação negativa nunca falhava... Esbravejava, ameaçava, premindo-lhe os braços trêmulos... Na manhã imediata, os remorsos e as promessas de corrigenda e reajuste... Em sobrevindo a noite, porém, novas carraspanas e disparates... Em várias ocasiões, ao despertar, surpreendia pratos e copos quebrados e a informação estranha de que fora eu o culpado... Estivera em pavoroso delírio, perpetrando desatinos e violências... Aborrecia-me, arrependia-me... No entanto, a sede de álcool sempre mais forte... As ocorrências infelizes se sobrepunham umas às outras, até que, um dia, acordei no cárcere... Oh! porquê? Porque a prisão? Horrorizou-me a resposta do guarda... “Você é um assassino”... Eu? Um assassino?... E ele: “ sim, você, “seu bêbado”, você matou”... Solucei, esmagado de sofrimento... O peito parecia rebentar-me e gritei: “meu Deus, meu Deus, que será de minha mãe?!... Aí, veio a revelação terrível: “foi ela própria que você destruiu... sua mãe, sua vítima”... Não acreditei... Pedi provas... Levado à residência sob a custódia de alguns soldados, ainda pude vê-la cadaverizada na urna... Mostrava na garganta os sinais de estrangulamento... Em torno de nós, as tetemunhas... Os que me haviam visto de perto com os dedos cravados na carne materna, em momento de insânia... Ajoelhei e gritei debalde... Recolhido à cadeia, positivamente dementado, aguardei a noite alta e, aproveitando algumas tiras de cobertor, enforquei-me... Desde então, sou um farrapo que vive, uma chaga que pensa... Se minha história triste pode servir a benefício de alguém, fale dela aos outros, aos que se acham no caminho terrestre, na bica da invigilância ou do desespêro...

Anotei, ali mesmo, o episódio amargoso que alinhavo nesta crônica e deixo o relato, com as próprias palavras do desventurado protagonista, em nossa apresentação do assunto, para estudo e reflexão dos amigos reencarnados que porventura nos leiam.

Entretanto, recordando o meu próprio ceptícismo no tempo em que estadeava o enxudioso uniforme carnal, entre os homens do plano físico, não estou muito certo de que alguém possa realmente acreditar em nós.


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

PONTO DE VISTA


- Confie resignado -
Passa o mal deixando a lição.
Desaparece a enxurrada purificando o ambiente.

- Viva com discernimento -
O ato edificante é inconfundível.
O arado e a bomba cavam a terra de maneira diversa.

- Exemplifique a sua fé -
Sempre denunciamos a própria origem.
Cada meteorito traz determinada mensagem do espaço cósmico.

- Seja comedido -
Tudo o que constrói, pode destruir.
Toda faixa de solo pode ser berçário e cemitério da vida.

- Ajuda sem cessar -
Os testemunhos do bem qualificam o homem.
O movimento, a luz e o calor classificam o astro.

- Desenvolva o auto-aprimoramento -
A pior viciação pede esforço recuperativo.
O brilhante foi detrito do organismo terrestre.

- Fuja à violência -
A ação orientada vence a força.
O vento frágil desgasta a rocha maciça.

- Observe amorosamente -
Há beleza oculta na maior deformidade.
O tique da estrela existe como cintilação.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PENSAMENTOS...


Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo.

O usurário, para amealhar o dinheiro, quase sempre perde a paz.

Juventude não é um estado do corpo.

Há moços que transitam no mundo, trazendo o coração repleto de lastimáveis ruínas.

Beleza física, poder temporário, propriedades passageiras e fortuna amoedada podem ser simples atributos da máscara humana, que o tempo transforma infatigável.

Para que nos elevemos, com todos os elementos de nossa órbita, não conhecemos outro recurso além da oração, que pede luz, amor e verdade.

Sabemos que a retorta não sublima o caráter e que a discussão filosófica nada tem a ver com a caridade e com a justiça.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

LEMBRANÇAS DE PAZ

  • Reconhecer, ...mas, reconhecer mesmo, que trabalhando e servindo estamos, acima de tudo, cooperando em favor de nós próprios.
  • Perseverança no trabalho de execução dos compromissos que assumimos significa 90% na soma do êxito.
  • Não desestimar a importância e o valor de pessoa alguma.
  • Nos instantes de crise, usar o silêncio no lugar do azedume.
  • Ajudar alguém será sempre dilapidar a própria tarefa.
  • Perdão para as faltas alheias é a melhor forma de alcançar a desculpa dos outros em nossos próprios erros.
  • Observar o sinal vermelho para o mal no trânsito das palavras.
  • Um gesto de simpatia ou gentileza pode ser a chave para a solução de muitos problemas.
  • Perfeitamente possível administrar a verdade sem ferir, desde que esteja no bálsamo da bondade ou no veículo da esperança.
  • Nunca nos esquecermos de que a paciência favorece o socorro de Deus

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PARA ENCONTRAR DEUS...


A vida cristã gira em torno do amor fraterno. Podemos expressar o que de melhor existe dentro de nós.

O Evangelho nos ensina que a cada momento pode haver um recomeço, a fim de ganharmos a presença de Cristo.

Paciência é o poder que nos traz o reino da felicidade. Jesus sabe das nossas deficiências e nos assiste com a sua tolerância. Ajudemo-nos uns aos outros. Viver é a lei.

Devemos ser fiéis em nossas pequenas promessas. Muita gente se acha completamente absorvida em glórias celestes, ao passo que cuida pouco das pequenas coisas.

Despertemos. Devoção exige realização. Aquele que sabe, torna-se responsável. O mundo precisa de ajuda.

Sirvamos todas as oportunidades. Tanto no Evangelho, como na vida prática, devemos olhar para frente.

Jesus disse: “Porventura não se vendem dois passarinhos por um asse? E nem um deles cairá sobre a terra sem vosso Pai. E até mesmo os cabeços da vossa cabeça, todos eles estão contados.”

Não podemos medir a glória de Deus em torno de nós, mas podemos reconhecer os divinos atributos de Deus através do nosso amor ao semelhante.

Tanto quanto se sabe, a definição do Novo Testamento, “Deus é amor; e aquele que se demora no amor, demora-se em Deus e Deus está nele”, encerra a promessa de que, vivendo e praticando o amor puro, o homem finalmente alcançará o estado de união com seu Criador, para sempre.

Desejaríamos encontrar a Deus? Então precisamos seguir a Jesus Cristo. Servir com ele é aliviar os problemas da vida.

As coisas de Deus não nos chegam por acaso. A felicidade e a paz, no reino da alma, vêm dos trabalhos do amor. Quando encontramos amor em nossos corações, Jesus lá está.

“Porque onde está o teu tesouro, aí também está o teu coração.” – Jesus (Mateus, 6:21).

terça-feira, 6 de outubro de 2009

CAMINHE EM PAZ CONSIGO MESMO!


..caminhe em paz
Ilumina o coração para que o amor seja o laço do céu, a irmanar-te com todas as criaturas.
Purifica teus olhos para que os males da peregrinação terrestre não te perturbem a mente.
Defende os ouvidos contra as sugestões da ignorância e da sombra, a fim de que a paz interior não te abandone.
Clareia e adoça tua palavra para que teu verbo não acuse e nem fira, ainda mesmo na hora da consagração da verdade.
Conduze teu pensamento a grande compreensão do próximo, ajudando aos que te cercam, tanto quanto desejes ser por eles auxiliados.
Equilibra teus pés no caminho reto sem te precipitares aos abismos que tantas vezes surgem à margem de nossa vida, induzindo-nos à queda e ao desespero.
E, desse modo, terás contigo o tesouro das mãos fortes e limpas para abençoar e servir, conduzir e curar, em nome do Senhor.

domingo, 4 de outubro de 2009

ANTES, O BEM


Não ignoramos que a lei de causa e efeito funciona mecanicamente, em todos os domínios do Universo.

Sabemos, porém, que diariamente criamos destino.

Decerto que a Eterna Sabedoria não nos concede a inteligência para obedecermos passivamente aos impulsos exteriores; confere-nos inteligência e razão para obedecermos às leis por ela estabelecidas, com o preciso discernimento entre o bem e o mal.

Cabe-nos, assim, criar o bem e promovê-lo com todas as possibilidades ao nosso alcance.

Deploramos a tragédia passional em que se envolveram amigos dos mais queridos .... Indaguemos de nós sobre o que efetuamos, em favor deles, para que não se arrojassem na delinqüência.

Espantamo-nos perante a desolação de mães desvalidas que se condenam à morte, à frente dos próprios filhos desamparados... Perguntemo-nos quanto ao que foi feito por nós, a fim de que a penúria não as levasse à grimpas do desespero.

Lamentamos desajustes domésticos e perturbações coletivas, incompreensões e sinistros; entretanto, em qualquer falha nos mecanismos da vida é necessário inquirir, quanto à nossa conduta, no sentido de remover, em tempo hábil, a ocorrência infeliz.

“O bem antes de tudo” deve erigir-se por item fundamental do nosso programa de cada dia.

Atendamos ao socorro fraterno, na imunização contra o mal, com o desvelo dentro do qual nos premunimos contra acidentes, em respeitando os sinais de trânsito.

Alguém se permitirá dizer que, se somos livres, nada temos a ver com as experiências do próximo; e estamos concordes com semelhante assertiva, no tocante a viver, de vez que todos dispomos de independência nas escolhas e ações da existência, das quais forneceremos contas respectivas, ante a Vida Maior; contudo, em matéria de conviver, coexistimos na interdependência, em que necessitamos do amparo uns dos outros, para sustentar o bem de todos.

Os viajantes de um navio, a pleno oceano, reclamam auxílio mútuo, a fim de que se evite o soçobro da embarcação.

Nós, os Espíritos encarnados e desencarnados, em serviço no Planeta, não nos achamos em condição diferente. Daí, a necessidade de fazermos todo bem que nos seja possível na reparação desse ou daquele desastre, mas, para que tenhamos sempre a consciência tranqüila, é preciso saber se fizemos o bem antes.

A ESCOLHA

A obra do justo conduz à vida, o fruto do perverso ao pecado. Prov. 10:16

Trabalha na escolha do que deves fazer, e examina bem o teu trabalho diário, para que não venhas a repetir muitas vezes para aprender.

O discernimento é valioso; vê que ele é sempre usado na profundidade pelo justo, faz parte da vida do sábio e é comum na mente do santo.

Da tua opção depende a tua paz; para tanto, vê o caminho que segues.

Dá preferência ao Cristo dentro de ti. Ele sabe te orientar porque mora em teu coração; desperta-o pela força da caridade, na função do Amor.

Seleciona teus pensamentos, que as idéias passarão a te obedecer e a tua palavra transformar-se-á em semente de luz para clarear os teus próprios passos.

Adota a obra do justo, porque a justiça é o mesmo Amor em faixa diferente.

Apurar os desejos é função da inteligência, quando adentra na escola da educação.

Decide-te pelo que deves fazer para teu próprio bem, e não cedas à influência das trevas; elas são trevas por desconhecerem a Luz.

Aproveita a oportunidade que surgir em tua vida, e não te desfaças da luz que alguém te oferta, porque o convite de Deus nos vem por inúmeros caminhos.

Delinear estradas de esperanças é compreender Deus e acompanhar Jesus.

Tudo isso deves fazer na irradiação da alegria, na pureza cristã.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

CONVITE AO PENSAMENTO


Todos os canais da publicidade respeitável são caminhos pelos quais a idéia espírita precisa e deve transitar.

Nossa tarefa, porém, na hora que passa, é a de reavivar a chama dos princípios doutrinários. Convite ao pensamento. Apelo ao raciocínio. Achamo-nos à frente de um mundo em reforma. Casa em transição e refazimento. Entre as acomodações do antigo e os desafios do novo, somos trazidos a erguer um cenáculo para os valores da alma.

Agitar opiniões seria distrair, perder a oportunidade na extroversão.

O Espiritismo evangélico pede seareiros decididos a revolver as leiras da verdade. Silêncio e construção. Não importa sejamos poucos. O pão disputado com alarido, nas praças, foi, a princípio, um compromisso de trabalho entre o lavrador e o solo que lhe acolhe a esperança.

Nunca desprezar a obscuridade do início.

Acendamos, com o livro, a faísca de lume.

Façamos a nossa parte. Outros realizadores virão.

A obra não é nossa.

Reflitamos na supervisão que verte do Cristo, detenhamo-nos na reverência aos Bons Espíritos que o representam.

O materialismo inventou máquinas capazes de sustentar o mínimo esforço físico para o homem na Terra, mas não lhe suprimiu as aflições de espírito. Quanto mais supercultos os povos do Planeta, do ponto de vista do cérebro, mais ampla a taxa dos sofrimentos de natureza moral.

Conquanto indispensáveis na economia do progresso, os títulos acadêmicos e os avanços técnicos não curam as moléstias do pensamento e nem arredam do caminho o fogo das paixões.

Somos convocados hoje a trabalhar na desmontagem das armadilhas do suicídio e no combate à praga da obsessão, desarticulando as brechas do tédio e do desânimo, da angústia e da descrença, pelas quais se insinua a força da sombra contra a luz e do desequilíbrio contra a harmonia que rege a existência.

Prossigamos. Permaneçam conosco a fé no Poder Supremo e a presença do Mestre, aquele mesmo Eterno Amigo que nos prometeu, convincente:

– “Aquele que me segue não anda em trevas.”

terça-feira, 29 de setembro de 2009

O TEMPO


Dias de incerteza pedem reflexão, tempo para pensar, mas tudo o que normalmente fazemos é ficarmos agitados, o medo, a ansiedade e até o desespero tomam conta de nós.
A alma aflita fica transtornada, e grita.
Todo o corpo reage mal..
Aprenda com a natureza. Silencie!
Ao agitar a água no barro, ela se turva,
mas se deixá-la descansar, ela fica límpida.
Assim somos nós nos momentos de incerteza, naqueles momentos onde não
sabemos o que fazer, quanto mais nos afligimos, mais turvo ficamos.
..."O tempo é a exata medida das nossas atitudes, reflexo direto do que desejamos, consequência do que fazemos e deixamos de fazer, cronometricamente justo, certo e exato."

Paulo Roberto Gaefke

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O SENTIDO DAS PALAVRAS


Em nos reportando à indulgência, recorde-se que o verbo pode ser definido em variadas comparações.

A palavra de bondade é uma semente de simpatia.

A frase de acusação é um golpe agravando a ferida que nos propomos curar.

O conceito otimista é luz no caminho.

O grito de cólera é curto-circuito na sistemática das forças em que venha a surgir.

O diálogo construtivo é terapêutica restauradora.

O comentário deprimente é pasto da obsessão.

A nota de esperança é porta de paz.

O conceito pessimista é nuvem enregelante.

A frase calmante é ingrediente de paz.

O verbo agressivo é indução à doença.

Conversando podemos criar saúde ou enfermidade, levantar ou abater, recuperar ou ferir.

A nossa palavra enfim pode ser uma pancada ou uma bênção.

E o uso dessa força que equilibra ou desequilibra, obscurece ou ilumina, ergue ou abate está em nós.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

DINHEIRO É RESPONSABILIDADE


Não existe mal em possuir o dinheiro.
O mal decorre da invigilância, quando permitimos na Terra que o dinheiro nos possua.

A fortuna é responsabilidade.
A moeda é instrumento.
Certo que o ouro transviado garante furna brilhante ao vício; contudo, não é menos certo que o ouro dignamente conduzido assegura pouso à atividade edificante.
A finança que patrocina os excessos da mesa é igual aquela outra que se faz pão em socorro dos companheiros que enlanguescem de fome.
Recursos materiais que favorecem o mercado de entorpecentes, são aqueles mesmos que alimentam a forja bendita da indústria.
Orientemos o dinheiro na direção da caridade e se transfigurará ele em sementeira de bênçãos.
Empreguemos simples migalha de que possamos dispor, em benefício dos semelhantes e verificaremos que alguns cruzeiros realizam vasta lavoura de simpatia e cooperação que os mais alentados créditos bancários não conseguiriam comprar.
Observemos a fonte que espalha os tesouros da natureza.

Se prossegue no curso traçado, será sempre a base da vida, nas se frustrada na tarefa que lhe cabe cumprir, gera o pântano, que canaliza a morte.
Dinheiro será sempre um agente do bem para que o mal desapareça da Terra.
O essencial é que venhamos a utilizá-lo a serviço do próximo, na direção da felicidade de todos.

À vista disso, se podes amparar alguém com o dinheiro que te foi confiado, não adies para amanhã o trabalho de fraternidade que pretendes fazer.

sábado, 19 de setembro de 2009

SEGUNDO PENSAMOS


Cada consciência é um centro gerador de forças no movimento universal, cuja direção depende de si mesma.

Pensar é criar.

O destino recebe a forma que lhe impusermos, à maneira do vaso que exprime a imaginação do oleiro.

A palavra vem depois da idéia.

A ação é cimento invisível.

A obra é pensamento coagulado.

Renovar a mente no trabalho incessante do bem, cunhando valores positivos, ao redor de nós mesmos, é estabelecer roteiros sempre novos para a vanguarda evolutiva.

O espírito, herdeiro divino do Supremo Senhor, traz consigo todas as sementes do Céu para engrandecer a Terra.

Unidade atuante, irradiasse, através de mil modos, gozando ou sofrendo, em seu cosmo orgânico, a benção ou a reação das energias que projeta e que o elevam ou convulsionam, de acordo com a intensidade dinâmica que lhes é característica.

Cultiva a tua mente, iluminando-a e enobrecendo-a.

Ainda que, por agora, não percebas, a tua alma se expande, em milhões de partículas, que são os agentes de libertação ou de cativeiro elaborados por teu próprio plano mental.

Avança, escolhendo a “melhor parte”.

Diante do sofrimento e da morte, afirmou o Mestre, certa vez: “Não temas, crê somente.”

Segundo pensarmos, assim será.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O CÉU CONTA CONVOSCO


Espíritas:

Pelas portas da Ciência e da Filosofia, atingireis o altar da Nova Revelação.

Através de numerosos experimentos, indagastes quanto aos problemas do ser e do destino, da dor e da morte, e os Espíritos da Luz vos trouxeram a mensagem do Céu, conclamando-vos à sublimação espiritual.

E agora, quando a Codificação Kardequiana se avizinha do seu centenário de existência, compele-nos reafirmar-vos, perante o Segundo Congresso Espírita do Estado de Minas Gerais, que o Espiritismo é a Religião do Amor Universal, sob a inspiração de Nosso Senhor Jesus Cristo, restabelecendo a Verdade em seus fundamentos Divinos.

Se a nossa Doutrina Renovadora traduz explicação da inteligência, é também engrandecimento do coração.

Nossa bandeira é a Boa Nova rediviva.

Nossos centros de estudos são templos de elevação.

Nossas instituições de assistência social, representam santuários vivos da fraternidade, onde Jesus é venerado na pessoa dos nossos semelhantes.

Nosso trabalho individual, em favor do bem, na solução das nossas responsabilidades morais, à frente da família e da sociedade constitui o culto diário de nossa obediência às Leis Senhor.

Tanto quanto no Cristianismo primitivo, puro e simples, a caridade para nós não possui privilégios e nem fronteiras e a fé, para manifestar-se, não reclama lugares especiais.

Allan Kardec, o Apóstolo, foi claro em suas linhas primordiais, na edificação Doutrinária.

Nosso esquema é – TRABALHO.

Nosso lema é – SOLIDARIEDADE.

Nossa senha é – TOLERÂNCIA.

Agir, auxiliar e compreender para fazer, aperfeiçoar e esperar na conquista da vitória com Cristo, Nosso Mestre e Senhor.

Não vos iludais!

Enquanto a Humanidade se mergulha em lutas, na angustiada elaboração do milênio vindouro, guardais convosco a luz soberana do porvir.

O Céu conta convosco, tanto quanto contais com o Céu.

Não olvideis!

A nossa tarefa não é tão somente aquela da demonstração positiva da sobrevivência do homem além da morte, mas, acima de tudo, é a obrigação de materializarmos, cada dia, a essência dos ensinos cristãos em nossas vidas, convertendo o Espiritismo, sob a égide do Evangelho de Jesus, na religião da paz e da felicidade para o mundo inteiro.

Se desejas a bênção da paz, simplifica a própria vida para que a tranqüilidade te favoreça.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

NOS TRILHOS MAIS ÍNTIMOS


Além da beneficência que os recursos amoedados conseguem realizar, uma beneficência existe, ao alcance de todos, que pode frondejar e frutescer nos trilhos mais íntimos do cotidiano, começando por dentro do próprio lar.

É o verbo que se cala ante a maledicência ou a palavra otimista, que alimenta as boas intenções, convertendo-as em obras elogiáveis.

É a gentileza que se dispensa ao vizinho, no culto do entendimento e da cordialidade que perdoa espontaneamente o gesto infeliz de algum companheiro.

É o pensamento amigo que a bondade exterioriza, em favor do necessitado de paz, ou a prece que se formula em apoio aos irmãos caídos em provação e desvalimento.

É o serviço aparentemente insignificante que se pode prestar aos que nos compartilham das experiências diárias, quais sejam a informação útil ou a condução de um fardo pequenino.

É a generosidade com que nos será justo suportar a irreflexão desse ou daquele interlocutor e a desculpa sem queixa para com as ofensas recebidas.

Dessa benemerência, às vezes, despercebida nas agitações do mundo, nascem valiosos fatores para a harmonia da existência.

Aprendamos a tolerar-nos uns aos outros, sem atrito, sem mágoa e sem lamentações.

Reconheçamos que a possível falta de alguém, tanto quanto a enfermidade de companheiro determinado poderiam ser nossas.

E não olvidemos que o nosso beneficiário de hoje poderá ser o nosso benfeitor de amanhã.

Situando o próprio coração em nossos gestos, marcando a nossa romagem com o selo da compreensão e do amor, estaremos efetivamente seguindo os exemplos do Amigo Celeste, que nos auxilia e socorre, de instante a instante, sem que venhamos a perceber.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

TOLERE CONSTRUINDO...


Quanto mais violência no mundo, em torno de nós, mais alta a nossa necessidade de tolerância para que se lhe reduzam os impactos destrutivos.
Quanto puderes, nas áreas de ação que te digam respeito, amplia os teus investimentos de compreensão e paciência, na garantia da paz e da segurança onde estejas.

Certo companheiro terá faltado ao pagamento dessa ou daquela importância que te é devida.

Se não te encontras sob o domínio de necessidades prementes, compadece-te dele e aguarda mais tempo.

Terá ele sofrido tribulações que desconheces.

Na rua, possivelmente, alguém te dirigiu palavras injuriosas que te espancaram a sensibilidade.
Silencia em oração, pedindo à Divina Providência auxílio e entendimento, a beneficio daqueles que te agridam.
As pessoas que te insultam com certeza se comportam sob o jugo de sofrimentos que nunca experimentaste.
Determinado amigo se te atravessou na estrada, empalmando-te recursos para cuja aquisição definitiva te sacrificaste longamente.

Nada reclames.
Provavelmente, estará ele conturbado por débitos de resgate urgente que o fazem esquecer as alegrias e os deveres da amizade. Pessoas particularmente querida te haverá deixado a sós, na execução de compromissos assumidos.
Não te revoltes e continua agindo e servindo.

Semelhante criatura esterá sob transtornos e dificuldades do sentimento e da vida, esperando-te a paciência e a bondade para não cair no posso da deliqüência.

Compadece-te dos outros, auxilia-os quanto possas, ora e caminha adiante.

Nunca retribuas mal por mal.

Contribui com a tua parcela de amor para que o ódio desapareça.

Se os danos por ti sofridos, nessa ou naquela situação calamitosas, forem de tão grande porte que te inclines para qualquer providências punitiva, esquece o mal e perdoa os agravos mesmo assim, recordando que, em toda parte, se cumprem espontaneamente os processos da Justiça de Deus.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

ESPERE UM POUCO MAIS...


Pensa na dor dos que não esperaram...
Às vezes, ruge a tempestade da incompreensão no ambiente doméstico e experimentas o ímpeto de reagir colericamente.
Entretanto, nada digas.
Espera um tanto mais.

Apareceram dissensões entre amigos que se desarvoraram em lastimáveis atitudes e queres assumir posição drástica sob as impressões do momento.
No entanto, não te perturbes.
Espera um tanto mais.

Companheiros te trouxeram notícias alarmantes, com relação ao comportamento infeliz de irmãos determinados e, no íntimo, te dispões à censura apressada.
Não te afobes, porém.
Espera um tanto mais.

Recebeste injúrias que te doem no sentimento e te inclinas a promover a própria defesa, de imediato.
Entretanto, não desesperes.
Espera um tanto mais.

Nunca respondas à violência com a violência.
Em qualquer situação, acalma-te para fazer o melhor.
Muitos delitos, calamidades, desequilíbrios e tragédias caem na sucata do sofrimento e da culpa, por longo tempo, simplesmente porque as vítimas da precipitação não quiseram esperar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O TEMPO E NÓS


Você diz que não tem dinheiro para socorrer aos necessitados, mas dispõe de tempo par auxiliar de algum modo.

Você afirma que não pode escrever longa carta ao amigo que lhe pede conforto, mas dispõe de tempo para fazer um bilhete.

Você diz que não possui elementos para clarear o caminho dos que jazem no erro, mas, dispõe de tempo a fim de articular algumas palavras, a benefício dos que se demoram na ignorância.

Você afirma que lhe falta competência, diante das tribunas edificantes, mas dispõe de tempo para essa ou aquela frase de esperança e consolo.

Você diz que não detém qualquer dom mediúnico que lhe garanta as atividades na sementeira do bem, mas, dispõe de tempo, a fim de colaborar na assistência aos irmãos em obstáculos muitos maiores do que os nossos.

Você afirma que não retém bastante saúde para alentar essa ou aquela tarefa no bem aos outros, mas dispõe de tempo que lhe faculta ofertar migalha de gentileza no amparo aos semelhantes.

Você diz que caiu moralmente e não mais pode estender a luz da fé, mas dispõe de tempo para levantar e seguir adiante.

Você afirma que o companheiro é difícil de suportar, mas dispõe de tempo para renovar-lhe a maneira de ser, através dos seus próprios exemplos.

Você diz que a dificuldade é insuperável, mas dispõe de tempo a fim de contorná-la, atingindo a realização do melhor.

Você afirma que a sua felicidade acabou e estira-se na estrada, como se a sua provação fosse mal sem remédio...

Meu amigo, observe o tempo, pense no tempo, aceite o tempo e agradeça ao tempo, de vez que o tempo recomeça a cada dia e todos nós, com a Bênção de Deus, tudo podemos recomeçar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

NADA EVOLUI SEM TRABALHO.


Nada evolui sem trabalho.

O aperfeiçoamento íntimo se fundamenta no cumprimento das obrigações de cada dia.

Sem esforço e sacrifício, ninguém galga os degraus da escada que conduz a Deus.

Amar o próximo, amparar os frágeis, esclarecer e despertar consciências, repartir o pão com os famintos, perdoar sempre, estender as mãos aos sofredores, perseverar no bem, buscar a Verdade que existe em todas as coisas, lutar contra as próprias deficiências, constituem abençoados estágios da estrada estreita, aquela mesma que o Cristo nos ensina a trilhar.

Como adentrar os domínios da luz permanecendo nas sombras?

De que forma abrir os braços ao mundo, sendo egoísta?

A Mensagem do Evangelho é libertadora.

A dor que nos visita pode ser a mensageira da paz.

Quem desertar do aprendizado, marcará estaca zero na senda evolutiva.

O que nos compete realizar, ninguém poderá fazê-lo por nós.

Cada qual deve vivenciar as suas experiências pessoais, adquirindo discernimento e maturando-se interiormente, até que possa afirmar como o inolvidável Apóstolo: “Não sou eu mais quem vive; é o Cristo que vive em mim”.

sábado, 15 de agosto de 2009

SIMPLESMENTE SIMPLES


Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas.

Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno.

Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade.

Viver com simplicidade é uma opção que se faz.

Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas.

A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si.

Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima.

Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs.

De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio?

Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser.

Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana.

É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.

O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.

A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções.

Ela experiencia a alegria de ser, apenas.

Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância.

Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida.

Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer.

A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial.

Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete...

Tudo isso compõe a simplicidade do existir.

Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz.

Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta.

Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso.

É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se.

Progredir sempre é uma necessidade humana.

Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades.

Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena.

As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.

Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam.

As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles.

Preste atenção em como você gasta seu tempo.

Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência.

Experimente desapegar-se dos excessos.

Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.

Pense nisso.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A VERDADEIRA CORAGEM


A coragem verdadeira traz, em si, o equilíbrio como base de todas as decisões, de todos os sentimentos, de todas as atitudes.

Dá forças para suportar todas as dificuldades sem derrotismo; mas com o entendimento do que está acontecendo, e, consequentemente, com a possibilidade de buscar a melhor maneira de enfrentar qualquer situação.

Quem é corajoso traz em si a serena confiança nas próprias resistências, não se expondo indevidamente, nem se permitindo os sentimentos inferiores de raiva, ou o desejo de vingança.

Ter autodisciplina exige coragem. A autodisciplina desenvolve verdadeiros tesouros morais que enriquecem o ser humano.

Coragem é conquista conseguida na sucessão das experiências evolutivas, entre variadas dificuldades e sofrimentos, mediante os quais se adquire resistência moral e calma.....

É a força moral daqueles que, sendo pobres de haveres materiais, perseveram diante das dificuldades com resignação, sem desistir.

É a força que impele os idealistas que, com convicção, defendem aquilo em que acreditam, e não forçam outros a neles acreditar.

É necessário coragem para que o indivíduo mantenha-se humano, comporte-se de maneira adequada, sofra com dignidade, alegre-se sem exageros.

Pais corajosos educam seus filhos com base em valores morais e éticos.
Vamos perseverar no ideal do bem. com amor.

domingo, 9 de agosto de 2009

IMUNIZAÇÃO ESPIRITUAL


Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contras as influências do mal, é necessário que te convenças:
• Que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação;
• Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar alguém;
• Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;
• Que, sem amor, não há base firme nas construções espirituais;
• Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho;
• Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo;
• Que o ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio;
• Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;
• E que, em suma, não basta pedir aos Céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente aos Céus.

CONSTRUIR


Para construir a floresta a natureza gasta séculos de serviço.
Para destruí-la, basta a chispa do fogo.

Para construir a casa, grande turma de obreiros despende longos dias.
Para destruí-la, basta um só homem de picareta, no espaço de algumas horas.

Para construir um jarro de legítima porcelana, o ceramista utiliza tempo enorme de vigília e preparação.
Para destruí-lo, basta um martelo.

Para construir o avião, primorosa equipe de técnicos associa prodígios de inteligência, na ação de conjunto.
Para destruí-lo, basta um erro de cálculo.

Para construir o depósito de combustíveis, o homem é constrangido a providências numerosas, alusivas à edificação e à preservação.
Para destruí-lo, basta um fósforo aceso.

Para construir a cidade, o povo emprega anos e anos de sacrifício.
Para destruí-la, basta hoje uma bomba.

Irmãos, sempre que chamados à crítica, respeitemos o esforço nobre dos semelhantes.
Para construir, são necessários amor e trabalho, estudo e competência, compreensão e serenidade, disciplina e devotamento.

Para destruir, porém, basta o golpe.

A CRIANÇA



Educa a criança no caminho em que deve andar,
e até quando envelhecer não se desviará dele.
Prov. 22:6

Cuidar dos filhos nas normas da educação, disciplinando-os sem a violência dos brutos, é dever dos pais, para que amanhã a melhora do mundo tenha a sua participação.

O melhor modo de ensinar aos filhos é o exemplo de vida reta; só depois deve vir a palavra, força poderosa quando parte da boca que fala e faz o que diz.

A criança é flor de alta sensibilidade, que registra tudo que vê, sente e ouve, principalmente no que tange aos acontecimentos do lar.

Quem não teve oportunidade de construir um conjunto familiar, sempre encontra crianças em seu caminho; faze algo por elas e, se nada podes dar de teu, pelo menos um sorriso, que nada te custa, ou um carinho, que podes ter com abundância.

Pensa nisso, a criança é o homem do porvir, a semente que colocaste em seu coração, certamente nascerá e, se for boa, terás a felicidade de colher os frutos.

Muitos fatos que acontecem na vida dos homens foram sementes que receberam dos pais.

Todo ancião nobre, alguma coisa herdou dos pais, a quem certamente deverá agradecer pela convivência em família e quem o educou receberá a glória do que fez.

A caridade é sempre a salvadora da alma e ela se manifesta em toda parte.