quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Bendita seja a tua esperança!


A concentração de amor verdadeiro produz bendita claridade na alma.

A luz é substância divina gerada nas fontes superiores do Espírito Eterno.
Feliz de ti, que compreendeste sem tibieza a necessidade de alijar os próprios caprichos para que a Vontade do Senhor te favorecesse o santuário da consciência.
A mente que atira para fora de si o obscuro e pesado material dos interesses menos dignos prepara-se valorosamente para o celeste sinal da irradiação espontânea.
As preocupações indesejáveis passaram.
Principiaste a renunciar com sinceridade ao “homem velho” e a “criatura nova em Cristo se vai formando em teu coração.
Bendita seja a tua esperança!
Não te esqueças de que o amor dá sempre, principalmente de si mesmo, de suas próprias forças e alegrias.
Por agora, os raios de tua boa-vontade brilharão nas horas culminantes da fé, pelo concentração de poderes espirituais na prece; todavia, à medida que te recolhas ao exercício legítimo do amor cristão, em demonstrações genuínas de entendimento do Evangelho sentido, vivido e aplicado, controlarás tua capacidade irradiante, segundo os ditames da própria alma!
Ama sem paixão, espera sem angústia, trabalha sem expectativa de recompensa, serve a todos sem perguntar, aprende as lições da vida sem revolta, humilha-te sem ruído ante os desígnios superiores, renuncia aos teus próprios desejos, sem lágrimas tempestuosas, e a vontade justa e compassiva do Pai iluminar-te-á constantemente o coração fraterno e o caminho redentor!
Ora, vigia, movimenta-te no esforço digno e sê feliz, meu amigo! A tua luz crescerá com a dilatação de teu devotamento ao Bem Infinito.


Irmão Jacob
(In: Voltei - Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

ORIENTANDO E AUXILIANDO



Quando o discípulo indagou do orientador quanto ao melhor conselheiro que devia buscar nas horas graves da vida, respondeu o mestre:

- Sim, meu filho, você disporá de muitos amigos e instrutores que lançarão luz em seu caminho, entretanto, o melhor conselheiro, aquele de que você realmente necessita, você o encontrará sempre na face de um espelho.

O Jovem desejou observar a marcha do rebanho, a fim de estudar-lhe o mecanismo.
Depois de verificar o carinho vigilante do pastor e reconhecer com que ternura cuidava da condução da pequena comunidade, compreendeu que cabia a cada ovelha caminhar com seus próprios pés.

A Palavra é a bússola de nossa alma, onde estivermos.

domingo, 13 de dezembro de 2009

CONDUTA BÁSICA



Diante de tudo, estabelece Jesus para nós todos uma conduta básica, de que todas as providências exatas se derivam para a solução dos problemas no caminho da vida.


SOMBRA – Requer a Caridade da luz.

IGNORÂNCIA – Requer a Caridade do ensino.

PENÚRIA – Requer a Caridade do socorro imédiato.

DOENÇA – Requer a Caridade do remédio.

INJÚRIA – Requer a Caridade do silêncio.

TRISTEZA – Requer a Caridade do consolo.

AZEDUME – Requer a Caridade do sorriso.

CÓLERA – Requer a Caridade da brandura.

OFENSA – Requer a Caridade da tolerância.

INSULTO – Requer a Caridade da prece.

DESEQUILÍBRIO – Requer a Caridade do reajuste.

INGRATIDÃO – Requer a Caridade do esquecimento.

Diante de cada criatura, exerçamos a caridade do serviço e da bênção. Todos somos viajores na direção da Vida Maior. Doemos amor à Deus, na pessoa do próximo, e Deus, através do próximo, dar-nos-á mais amor.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

IRRITABILIDADE E TODOS NÓS



Observação estranha, mas fato real. As ocorrências da irritação aparecem muito mais frequentemente nos caracteres enobrecidos. Espécie de enfermidade da retidão, se a retidão pudesse adoecer.

A pessoa percebe a grandeza da vida, acorda para a responsabilidade, consagra-se à obrigação e passa a prestigiar disciplina e tempo; adquirindo mais ampla noção do dever, que reconhece precisar exprimir-se irrepreensivelmente executado, supõem-se com mais vasta provisão de direitos. E, por vezes, leva mais longe que o necessário a faculdade de preservá-los e defendê-los, iniciando as primeiras formações de irascibilidade, através da superestimação do próprio valor. Instalado o sentimento de auto-importância, a criatura abraça facilmente melindres e mágoas, diante de lutas naturais que considera por incompreensões e ofensas alheias.

Chegando a esse ponto, as vítimas dessa perigosa síndrome, vinculado à patologia da mente, surgem perante os mais íntimos na condição de enfermos prestimosos, amados e evitados, de vez que não se lhes pode ignorar a altura moral e nem adivinhar o momento da explosão. E porque o mau-humor dos espíritos respeitáveis, pelo trabalho que exercem e pela conduta que esposam, dói muito mais que a leviandade de criaturas menos afeitas à dignidade e ao serviço, semelhantes companheiros estimáveis e preciosos são procurados tão-somente em regime de exceção ou postos à margem pela gentileza dos outros, interpretados à conta de amigos temperamentais ou nervosos distintos.

Examinemos a nós mesmos.

Dirijamos para dentro da própria alma o estilete da introspecção.

Se a agressividade nos assinala o modo de ser, tratemos do caráter enfermiço, com a mesma atenção com que se medica um órgão doente. E se nossa consciência jaz tranqüila , na certeza de que temos procurado realizar o melhor ao nosso alcance, no aproveitamento das oportunidades que o Senhor nos concedeu, estejamos serenos na dificuldade e operosos na prática do bem, à frente de quaisquer circunstância, lembrando-nos de que a erva-de-passarinho asfixia de preferência as árvores nobres e a tiririca se alastra , como verdadeira calamidade, justamente na terra boa.

 

Do livro: Estude e Viva, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira