quarta-feira, 25 de novembro de 2009

FELICIDADE E TRABALHO



Felicidade e trabalho - dois temas da vida que se complementam - à maneira do teto e do alicerce de uma construção.

Indubitavelmente, a Terra ainda é uma estância de provas regenerativas, sem possibilidade de oferecer-nos a felicidade integral; entretanto, nela encontramos todo o material de que necessitamos para alteá-la na categoria dos mundos.

Dificuldade, tribulação, sofrimentos e atritos são alguns dos agentes, com os quais se nos fará possível organizar o aperfeiçoamento de nós mesmos.

Se podemos sugerir o começo do imenso trabalho alusivo á realização que demandamos, é preciso erradicar a insatisfação que tantas vezes nos caracteriza, instalando em nós outros, o amor e a humildade, a paciência e a coragem, por instrumentos de serviço que nos será possível manejar com acerto, em nosso próprio benefício.

Não existe pântano que não possa ser drenado e nem penúria que a benemerência não consiga extinguir.

Em suma, estamos todos - os espíritos vinculados à Terra - num plano de grandes conflitos, carregando o fardo de nossas imperfeições, adquiridas ao longo dos milênios, mas o Supremo Pai jamais nos sonegou a bênção da esperança e, em razão disso, ser-nos-á possível aceitar os agentes de que dispomos, a fim de melhorar-nos, melhorando a vida, em torno de nós.

A vida no Planeta é assinalada por embates e antagonismos diversos, no entanto, a paz e a alegria se nos farão companheiros em todos os dias da Terra e do Mais Além, se nos dispusermos a aceitar a existência que nos foi concedida, a amar aos nossos semelhantes e a servir incessantemente, realizações que demandam unicamente uma só atitude:

- Trabalhar.


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Monte Acima, Médium: Francisco Cândido Xavier.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ALCCOLISMO E OBCESSÃO...



O alcoolismo é um dos maiores inimigos da criatura humana. É de lamentar-se que o seu uso seja tão generalizado e, infelizmente, haja adquirido status na sociedade. As reuniões, as celebrações e festividades outras, sempre se fazem acompanhar de bebidas alcoólicas, responsáveis por incontáveis danos ao organismo humano, à sociedade. Acidentes terríveis, agressões absurdas, atitudes ignóbeis decorrem do seu uso, além dos vários prejuízos orgânicos, emocionais e mentais que acarretam.
Verdadeiras legiões de vítimas se movimentam pelas avenidas do mundo, como enxameiam nos campos, permanecem nos tugúrios da miséria ou nas celas sombrias dos cárceres e dos hospitais, apresentando o triste espectáculo da decadência humana. Milhões de lares sofrem os infelizes lances da sua crueldade.
No inquietante momento em que o uso das drogas é responsabilizado pela vigência de inumeráveis crimes hediondos, e se levantam muitas vozes em protesto, buscando encontrar as causas sociológicas, psicológicas e outras, para explicar a avalanche sempre crescente e assustadora de viciados, urge que se estudem também os problemas do alcoolismo e suas consequências, não menos alarmantes.
O alcoolismo, ou a dependência do uso exagerado de bebidas alcoólicas, constitui-se um grave problema médico, em face dos danos que causa ao organismo do indivíduo e ao grupo social no qual este se movimenta. A sua gravidade pode ser considerada pelo número dos internados em hospitais psiquiátricos com desequilíbrios expressivos. As recidivas, após o cuidadoso tratamento, são numerosas, não se considerando que as suas vítimas ultrapassam em grande número as outras toxicomanias.
Na antiguidade, o uso de bebidas alcoólicas tornou-se comum e quase elegante, caracterizando uma forma ou de fuga ante os desafios. Acreditava-se, no passado, que o álcool e seus derivados diminuíam as angústias e tensões, posteriormente se afirmando ou se justificando possuírem propriedades fisiológicas, produzindo estímulo e vigor orgânicos.
O alcoolismo decorre de muitos factores, entre os quais a personalidade e a tolerância do organismo do paciente, variando com a idade, o sexo, hereditariedade, hábitos e costumes, constituição e disposição orgânica.
Pode ser resultado de causas ocasionais, secundárias, psicopáticas e conflituosidade neurótica.
Experiências ocasionais, uso após problemas de natureza orgânica e mental – como na epilepsia, na arteriosclerose cerebral -, compulsão pela hereditariedade e o condicionamento após o hábito, resultando na conflituosidade neurótica.
No começo, o indivíduo pode experimentar euforia, dinamismo motor, porém vai perdendo o controle, o senso crítico, tornando-se inconveniente. Com o tempo, surgem outros distúrbios orgânicos, tais as náuseas, os vómitos, a incontinência urinária e, por fim, o sono comatoso, no estado mais avançado.
À medida que a dependência aumenta e o uso se faz mais frequente, a bebida alcoólica afecta o sistema nervoso, o trato digestivo, o aparelho cardiovascular. As complicações que degeneram em gastrite e cirrose hepática são inevitáveis, levando à morte, qual sucede no câncer do esófago e do estômago. Do ponto de vista psíquico, o alcoólatra muda completamente o comportamento, e suas reacções mentais são alteradas, a começar pelos prejuízos de memória, a culminar no delirium tremens, sem retorno ao equilíbrio…
O alcoolismo (alcoolofilia) é, portanto, uma enfermidade que exige cuidadoso tratamento psiquiátrico. No entanto, porque ao desencarnar o alcoólatra não morre, permanecendo vitimado pelos vícios, quase sempre busca sintonia com personalidades frágeis ou temperamentos rudes, violentos, na Terra, deles se utilizando em processo obsessivo para dar prosseguimento ao infame consumo de álcool, agora aspirando-lhe os vapores e beneficiando-se da ingestão realizada pelo seu parceiro-vítima, que mais rapidamente se exaure. Torna-se uma obsessão muito difícil de ser atendida convenientemente, considerando-se a perfeita identificação de interesses e prazeres entre o hóspede e o seu anfitrião.

Manoel Philomeno de Miranda
(Médico; Escritor; Conferencista. – Brasil: 1876-1942)

MOCIDADE



Mocidade é força. Mas, se a força não estiver sob a direção da justiça pode converter-se em caminho para a loucura.

Mocidade é poder. Entretanto, se o poder não aceita a orientação do bem, depressa se converte em tirania do mal.

Mocidade é liberdade. Todavia, se a liberdade foge à disciplina é, invariavelmente, a descida para deplorável situação.

Mocidade é chama. No entanto, se a chama não sofre no controle do proveito justo, em breve tempo se transformará em incêndio devastador.

Mocidade é carinho. Mas, se o carinho não possui consciência de responsabilidade, pode ser veneno mortal para o coração.

Mocidade é beleza de forma. Contudo, se a beleza de forma não se enriquece com o aprimoramento interior, não passa da máscara perecível.

Mocidade é amor. Entretanto, se o amor não se equilibra na sublimação da alma, cedo se transforma em paixão infeliz.

Mocidade é primavera de sonhos. Todavia, se a primavera não se enobrece no trabalho digno, todo o nosso idealismo será simplesmente um campo de flores mortas.

Se te encontras na hora radiante da juventude, não te esqueças de que o tempo é o nosso julgador implacável.

A plantação de agora será a colheita depois.

Nossas esperanças dia-a-dia se materializam nas obras a que nos destinamos. A lei será sempre a Lei.

Povoam-se e despovoam-se os braços e túmulos para que o Espírito, divino caminheiro - através da mocidade e da velhice do corpo terrestre -, desenvolva, em si, as asas que o transportarão ao cimo da vida eterna.

Assim, pois, se realmente procuras a felicidade incorruptível, confia teu coração e tua mente ao Cristo Renovador, a fim de que, jovem hoje, te faças, o caráter sem jaça que lhe refletirá no mundo a Divina Vontade.

 


pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Escrínio de Luz, Médium


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

DESPERTAMENTO...


Busquemos sim, meus amigos, ouvir a palavra daqueles que nos antecederam na ascensão à Vida Superior, mas, antes disso, comuniquemo-nos com os “mortos da Terra”, adensando a assembléia de ouvintes, à frente da mensagem da vida imortal.

Acordemos, com o nosso exemplo e com a nossa fé, os que adormeceram na jornada e guardam o coração rígido ou indiferente.

Levantemos aqueles que transformaram a existência em cemitério de impossibilidade, ante o sofrimento do próximo, os que enregelaram os melhores sentimentos no egoísmo esterilizante; os que converteram os bens do mundo em adornos frios e inúteis, os que transformaram o jardim em que respiram num túmulo florido e os que fizeram da oportunidade de viver auxiliando aos semelhantes um cadafalso de ouro a que se acolhem, receando o alheio infortúnio, porque há mais morte no caminho humano que no próprio sepulcro, para onde vos dirigis, procurando a revelação da verdade.

Estendamos braços vivos e corações ardentes aos nossos irmãos anestesiados no leito da improdutividade suntuosa ou no altar efêmero de fantasiosas prerrogativas.

A Terra espera por nós.

Trabalhemos, acordando os nossos irmãos do cotidiano, na renovação substancial de tudo e de todos para o Infinito Bem, porque a própria natureza é luz triunfante e todos somos herdeiros da Vida Universal.

 


pelo Espírito André Luiz - Do livro: Apostilas da Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier

sábado, 7 de novembro de 2009

REFLEXÃO MENTAL


Quando os Instrutores da Sabedoria preconizam o estudo, não desejam que o aprendiz se intelectualize em excesso, para a volúpia de humilhar os semelhantes com as cintilações da inteligência, e, quando recomendam a meditação, decerto não nos inclinam à ociosidade ou ao êxtase inútil.

Referem-se à necessidade de nosso aprimoramento interior para mais vasta integração com a Luz Infinita, porque o reflexo mental vibra em tudo.

Nossa alma pode ser comparada a espelho vivo com qualidades de absorção e exteriorização.

Recolhe a força da vida em ondas de pensamento a se expressarem através de palavras e atitudes, exemplos e fatos.

Refletimos, assim, constantemente, uns nos outros.

É pelo reflexo mental que se estabelece o fenômeno da afinidade, desde os reinos mais simples da Natureza.

Vemo-lo nos animais que se acasalam, no mesmo tom de simpatia, tanto quanto nas almas que se reúnem na mesma faixa de entendimento.

Quando se consolida a amizade entre um homem e um cão, podemos registrar o reflexo da mente superior da criatura humana sobre a mente fragmentária do ser inferior, que passa então a viver em regime de cativeiro espontâneo para servir ao dono e condutor, cuja projeção mental exerce sobre ele irresistível fascínio.

É desse modo que Espíritos encarnados podem influenciar entidades desencarnadas, e vice-versa, provocando obsessões e perturbações, tanto na esfera carnal como além-túmulo.

As almas que partem podem retratar as que ficam, assim como as almas que ficam podem retratar as que partem.

Quando pranteamos a memória de alguém que nos antecede, aí no mundo, na viagem da morte, atiramos nesse alguém o gelo de nossas lágrimas ou o fogo de nossa tortura, conturbando-lhe o coração, toda vez que esse Espírito não for suficientemente forte para sobrepor-se ao nosso infortúnio. E quando alguém se ausenta da carne, carreando aflições e pesares procedentes de nossa conduta, arremessará da vida espiritual sobre nossa alma os dardos magnéticos da lembrança infeliz que conserva a nosso respeito, prejudicando-nos o passo no mundo, caso não estejamos armados de arrependimento para renovar a situação, criando imagens de harmonia restauradora.

Em razão disso, convém meditar nos ideais, aspirações, pessoas e coisas que refletimos, porque todos nos subordinamos, pelo reflexo mental, ao fenômeno da conexão.

Estamos inevitavelmente ligados a tudo o que nos merece amor.

Essa lei é inderrogável em todos os planos do Universo.

Os mundos no Espaço refletem os sóis que os atraem, e a célula, quase inabordável do corpo humano, reflete o alimento que lhe garante a vida. Os planetas e os corpúsculos, porém, permanecem escravizados a leis cósmicas e organogênicas irrevogáveis.

O Espírito consciente, no entanto, embora submetido às leis que lhe presidem o destino, tem consigo a luz da razão que lhe faculta a escolha.

A inteligência humana, encarnada ou desencarnada, pode contribuir, pelo poder da vontade, na educação ou na reeducação de si própria, selecionando os recursos capazes de lhe favorecerem o aperfeiçoamento.

A reflexão mental no homem pode, assim, crescer em amplitude e sublimar-se em beleza para absorver em si a projeção do Pensamento Superior.

Tudo dependerá de nosso propósito e decisão.

Enquanto nos comprazemos com a ignorância ou com a indiferença para com os princípios que nos governam, somos cercados sem defensiva por pensamentos de todos os tipos, muitas vezes na forma de monstruosidades e crimes, em quadros vivos que nos assaltam a imaginação ou em vozes inarticuladas que nos assomam à acústica do espírito, conduzindo-nos aos mais escuros ângulos da sugestão.

É por isso que notamos tanta gente ao sabor das circunstâncias, aceitando simultaneamente o bem e o mal, a verdade e a mentira, a esperança e a dúvida, a certeza e a negação, à maneira de folha volante na ventania.

Eduquemo-nos, estudando e meditando, para refletir a Divina Inspiração.

Lembremo-nos de que o impulso automático do braço que levanta a lâmina homicida pode ser perfeitamente igual, em movimento, ao daquele que ergue um livro enobrecedor.

A atitude mental é que faz a diferença.

Nosso pensamento tem sede de elevação, a fim de que a nossa existência se eleve.

Construamos em nós o equilíbrio e o discernimento.

Rendamos culto incessante à bondade e à compreensão.

Habitualmente contemplamos no espelho da alma alheia a nossa própria imagem, e, por esse motivo, recolhemos dos outros o reflexo de nós mesmos ou então aquela parte dos outros que se harmoniza com o nosso modo de ser.

Não bastam à nossa felicidade aquisições unilaterais de virtude ou valores incompletos.

Todos temos fome de plenitude.

O desejo é o imã da vida.

Desejando, sentimos, e, pelo sentimento, nossa alma assimila o que procura e transmite o que recebe.

Aprendamos, pois, a querer o melhor, para refletir o melhor em nossa ascensão para Deus.


pelo Espírito Alberto Seabra - 
Do livro: Vozes do Grande Além, 
Médium: Francisco Cândido Xavier.