sábado, 27 de agosto de 2011

SINTONIA MORAL

As leis de afinidade ou de sintonia, que vigem em toda parte, respondem pela ordem e pelo equilíbrio universal.
Pequena alteração para mais ou para menos, entre os fenômenos do eletromagnetismo e as forças da gravitação universal, tornaria as estrelas gigantes azuis ou pequenos astros vermelhos perdidos no caos.
Transferidas para a ordem moral, as leis de afinidade promovem os acontecimentos vinculando os indivíduos, uns aos outros, de forma que o intercâmbio seja automático e natural.
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Mentes especializadas mais facilmente se buscam em razão do entendimento e interesse que as dominam na mesma faixa de necessidade.
Sentimentos viciosos encontram ressonância em caracteres morais equivalentes, produzindo resultados idênticos.
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O homem colérico sempre encontrará motivo para a irritação; assim como a pessoa dócil com facilidade identifica as razões para desculpar e entender.
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Há uma inevitável atração entre personalidades de gostos e objetivos semelhantes como repulsa em meio àqueles que transitam em faixas de valores que se opõem.
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Na área psíquica o fenômeno é idêntico.
Cada mente se irradia em campo próprio, identificando-se com aquelas que aí se expandem.
O psiquismo é o responsável pelos fenômenos físicos e emocionais do ser humano.
Conforme a expansão das idéias, vincula-se a outras mentes e atua na própria organização fisiológica em que se apóia, produzindo manifestações equivalentes à onda emitida.
Assim, os pensamentos positivos e superiores geram reações salutares, tanto quanto aqueloutros de natureza perturbadora e destrutiva produzem desarmonia e insatisfação.
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No campo das expressões morais o fenômeno prossegue com as mesmas características.
Os semelhantes comportamentos entre os homens e os Espíritos jungem-se, impondo-lhes interdependência de conseqüências imprevisíveis.
Se possuem um teor elevado, idealista, impelem os seres encarnados quão desencarnados a realizações santificantes, enquanto que, de caráter vulgar, facultam intercâmbio obsessivo ou tipificado pela burla, mentira, insanidade...
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É, portanto, inevitável afirmar-se que as qualidades morais do médium são de alta importância para o salutar intercâmbio entre os homens e os Espíritos.
Somente as Entidades inferiores se apresentam por intermédio dos médiuns vulgares, insatisfeitos, imorais...
Os Mentores, como é natural, sintonizam com aqueles que se esforçam por melhorar-se, empenhados na sua transformação moral, que combatem as más inclinações e insistem para vencer o egoísmo, o orgulho, esses cânceres da alma que produzem terríveis metástases na conduta do indivíduo.
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Pode-se e deve-se, pois, examinar o valor e a qualidade das comunicações espirituais, tendo-se em conta o caráter moral do médium, seu comportamento, sua vida.
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Jesus, o Excelente Médium de Deus, demonstrou a grandeza da Sua perfeita identificação com o pensamento divino através da esplêndida pureza e elevação que O caracterizavam.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PERTO DE DEUS

Onde te encontres, o que faças, para onde fujas, estarás sempre perto de Deus. Por mais te rebeles em face do resultado dos julgamentos infelizes e precipitados, exames das circunstâncias e aparências, serás surpreendido pela presença de Deus.
Face às conquistas enobrecedoras da inteligência e aos labores persistentes do sentimento engrandecido, não esqueças de que te encontras perto de Deus. 

Suportando o fardo das provações e desaires, jugulado a injustiças que te maceram e a aflições superlativas que te desanimam, recorda que estás, mesmo assim, perto de Deus.
Quando a infâmia te ferir o imo, dilacerando as mais caras aspirações, ou quando o estrugir da tempestade moral danificar a tua paz, ou quando experimentando insuportável soledade do sentimento, no cárcere de indizível amargura, conserva a coragem, pois estás, ainda assim, perto de Deus.  
Surpreendido pelas contingências amargantes da vida em cujo carro segues no rumo da perfeição, confia, pois perto de Deus todas as coisas assumem configurações valiosas, se souberes conduzir o próprio comportamento...
Afirmas que pagas alto preço de sofrimento pelo caminho humano em que jornadeias e asseveras que as dificuldades te assessoram sempre, travestindo-se e corporificando-se em várias expressões, o que atesta estares relegado ao abandono, ao esquecimento...
Indagas, após a tragédia, onde estava o divino auxílio que te não alcançou e como considerar a celeste providência diante dos lastimáveis acontecimentos que te feriram amarga, profundamente.
Confrontas a tua com outras vidas e facultas a demorada fixação da mágoa nos tecidos sutis do sentimento, intoxicando-te a pouco e pouco, refletindo que saldas incalculável débito para sofreres tanto, irrompendo, caudalosa, a revolta interior que tisna lucidez e alegria, fazendo-te calceta... Não obstante, estás perto de Deus e tudo quanto acontece recebe dEle a sanção. Não te equivoques com a precipitação de julgamento ou a alucinada interpretação das leis.
O que te parece felicidade em muita gente, apenas parece. O júbilo dos outros, possivelmente não seja legítima alegria. A fortuna, a saúde, a fama, o destaque são pesada canga que nem toda criatura consegue suportar. 
Há muitos que estão destroçados pela constrição e peso dessa carga, aspirando à paz e lutando por necessário repouso interior. 
Conquistaram o mundo e perderam-se. Possuem muito e se fizeram possuir pelas coisas e fatores que os escravizam. Segue renovado, sem embargo à posição que ocupes, o lugar em que estejas, as penas que experimentes.
O mal que te acontecer não é o pior, antes o mínimo que consegues suportar. As duras provas que sofras não serão as mais severas que te estão reservadas pelo impositivo da reencarnação. 
És espírito endividado, em rota redentora, sublimando-te e exercitando aprimoramento, corrigindo defeitos, ampliando aspirações. 
Ausculta, desse modo, o pulsar da vida e exulta, seja como seja a tua existência, pois, seguindo sem receio, alcançarás a meta da felicidade sempre perto de Deus.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

DESPOTISMO - Tirania


Adversário soez do homem, vence-o impiedosamente. Remanescente da barbárie, teima por sobreviver. Cômpar do egoísmo, açula-o e sobrepõe-no na aparência perniciosa. O despotismo é, sem dúvida, das imperfeições graves, uma das que mais engendra antipatia, provocando animosidade onde se revela. O déspota é alguém que se ignora. Atribuindo-se valor que não possui, autohipnotiza- se, respirando a psicosfera deletéria que emana e que continuamente o intoxica.
Resíduo de vidas pregressas em que a presunção governava o espírito, ora em reencarnação purificadora, deve ser combatido por todos os meios, a benefício da libertação de quem lhe padece o nefando cerco. Desvela-se nos pequenos gestos e agalardoa-se na exteriorização das atitudes e das expressões.
Somente as suas vítimas não percebem o ridículo de que se fazem instrumento, porquanto, a cegueira em que se movimentam fá-los agitar-se em esfera de sombras. Passam e deixam pegadas odientas. Estacionam e tornam-se detestados, não obstante a aparente grandeza ou o aparente valor que se dão, tornando-se singulares simulacros de potentados ou nobres na ilusão que acalentam. Fiscaliza, desse modo, os escaninhos da tua personalidade e burila as arestas grotescas que insistem em impedir-te o aprimoramento no teu expressivo esforço. 
Não é o homem responsável, apenas, pelo mal que faz, como também o é pelo mal que inspira... O homem é, assim, o que vitaliza, produzindo o que constrói intimamente. 
Para a vitória sobre ti mesmo, na conjuntura da abençoada reencarnação que desfrutas, imprescindível submeter-te a eficiente programa de ação que não pode ser negligenciado. Auto-análise, trabalho singelo, prece constante e exercício da sadia convivência com os mais infelizes conseguem lobrigar excelentes resultados contra o despotismo. Recorda que a vida física é breve, por mais longa pareça e, ao extinguir-se, cada um ressuscita com os estigmas ou virtudes que estimulou, fitando a retaguarda e considerando a forma feliz ou desventurada com que utilizou o tempo.
A oportunidade que te chega, abençoada, quiçá não a mereças. 
Utiliza-a gerando simpatia e fazendo o bem pelo autoaprimoramento enquanto ela te luz. Se não é lícito desdenhar-se a si mesmo, não é crível autovalorizar-se, subestimando o próximo.
O despotismo pode ser, também, considerado morte na vida. 
Assim, fixa o pensamento em Jesus e tenta assimilar-Lhe a grandeza da humildade com que até hoje a todos nós fascina e através da qual alcançarás os páramos da felicidade plena e total, após as lutas redentoras.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

DIREITO DE LIBERDADE


DA LEI DE LIBERDADE - O Livro dos Espíritos’

825. Haverá no mundo posições em que o homem possa jactar-se de gozar de absoluta liberdade?
Não, porque todos precisais uns dos outros, assim os pequenos como os grandes.
843. Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?
Pois que tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.”


DIREITO DE LIBERDADE

Intrinsecamente livre, criado para a vida feliz, o homem traz, no entanto, ínsitos na própria consciên­cia, os limites da sua liberdade.
Jamais devendo constituir tropeço na senda por onde avança o seu próximo, é-lhe vedada a exploração de outras vidas sob qualquer argumentação, das quais subtraia o direito de liberdade.
Sem dúvida, centenas de milhões de seres transi­tam pela infância espiritual, na Terra, sem as condi­ções básicas para o auto-discernimento e a própria con­dução. Apesar disso, a ninguém é lícito aproveitar-se da circunstância, a fim de coagir e submeter os que seguem na retaguarda do progresso, antes competindo aos melhor dotados e mais avançados distender-lhes as mãos, em generosa oferenda de auxílio com que os educarão, preparando-os para o avanço e o crescimen­to.
Liberdade legítima decorre da legítima responsa­bilidade, não podendo aquela triunfar sem esta.
A responsabilidade resulta do amadurecimento pessoal em torno dos deveres morais e sociais, que são a questão matriz fomentadora dos lídimos direitos hu­manos.
Pela lei natural todos os seres possuímos direitos, que, todavia, não escusam a ninguém dos respectivos contributos que decorrem do seu uso.
A toda criatura é concedida a liberdade de pen­sar, falar e agir, desde que essa concessão subentenda o respeito aos direitos semelhantes do próximo.
Desde que o uso da faculdade livre engendre so­frimento e coerção para outrem, incide-se em crime passível de cerceamento daquele direito, seja por par­te das leis humanas, sem dúvida nenhuma através da Justiça Divina.
Graças a isso, o limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, que gera para si mesma o cárcere de sombra e dor, a prisão sem bar­ras em que expungirá mais tarde, mediante o impositi­vo da reencarnação, ou as asas de luz para a perene harmonia.
A liberdade é a grande saga dos povos, das na ções, da Humanidade que lutam através dos milênios contra a usurpação, a violência, a hegemonia da força dominadora, sucumbindo, sempre, nessas batalhas os valores éticos, vencidos pelo caos da brutalidade.
Livre o homem se tornará, somente, após romper as férreas algemas que o agrilhoam aos fortins das pai­xões.
A sua luta deve partir de dentro, vencendo-se, de modo a, pacificando-se interiormente, usufruir dessa liberdade real que nenhuma grilheta ou presídio algum pode limitar ou coibir.
Enquanto, porém, arrojar-se à luta sistemática de opinião de classe, de grei, de comunidade, de fé, de nação, estimulará a desordem e a escravidão do ven­cido.
Todo vencedor guerreiro, porém, é servo de quem lhe padece às mãos, qual ocorre com os guardiães de presidiários, que se fazem, também, presos vigiando encarcerados.
Prega e vive o amor conforme o ensinou Jesus.
Ensina e usa a verdade em torno da vida em triunfo, de que está referto o Evangelho, a fim de se­res livre.
Atém-te aos deveres que te ensinam engrandeci­mento e serviço ao próximo.
O trabalho pelos que sofrem limites e tumultos ensinar-te-á auto-conhecimento, favorecendo-te com o júbilo de viver e a liberdade de amar.
Na violência trágica do Gólgota não vemos um vencido queixando-se, esbravejando impropérios e ex­plodindo em revolta. Sua suprema sujeição e seu gran­dioso padecimento sob o flagício da loucura dos per­seguidores gratuitos atingem o clímax no brado de per­dão a todos: ingratos, cruéis, insanos, em insuperável ensinamento sobre a liberdade de pensar, falar e agir com a sublime consciência responsável pelo dever cumprido.

domingo, 21 de agosto de 2011

CAUSAS DAS AFLIÇÕES - BEM AVENTURADOS OS AFLITOS


Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são conseqüência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.  
Quantos homens caem por sua própria culpa! 
Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! 
Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos! 
Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma! 
Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade! 
Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero! 
Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles. 
Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de
fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição. 
A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.
Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável contingente ao cômputo das vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

CULTO DA GENTILEZA


Evita negligenciar o necessário culto da gentileza, na esfera de ação em que foste chamado a produzir. A energia para a execução das tarefas não dispensa a gentileza na realização das metas a desenvolver.

Gentileza é, também, expressão de cordialidade e de afeto.


Quando o homem empreende a façanha de fazer-se amar, chega lhe à mente o valor expressivo da gentileza e da afabilidade, como sendo pórticos pelos quais se adentra na busca de entendimento e de afeição.


Logo, no entanto, se apropria da intimidade dos sentimentos do próximo, ignora as comezinhas normas de comportamento fraternal, desdenhando as regras da conduta sadia junto aos corações amigos. Não acredites que o “tempo-sem-tempo” seja responsável pelos deslizes para com a gentileza na roda dos teus amigos.


Embora seja lícito asseverar-se que não há mais tempo para as pequeninas normas da etiqueta, merece considerar que uma palavra cálida de amizade, um verbete gentil, uma expressão delicada, um gesto de meiguice, um sorriso de ternura, um aceno cordial sempre encontram guarida, mesmo naqueles que parecem impermeáveis às boas maneiras.
 

A aresta necessariamente lixada adquire contorno agradável e brilhante. A pedra burilada muda de feição. A plântula resguardada transforma-se em árvore. O gesto gentil é um passo para modificar, não poucas vezes, uma inimizade nascente, uma suspeita infundada, uma informação infeliz, uma inspiração negativa e abrir horizontes novos à melhor compreensão e a mais amplo descortino.

Não aguardes, porém, que sejam os outros gentis para contigo. 
Sejam os teus hábitos no culto da gentileza, uma metodologia de equilíbrio que te imponhas como disciplina de autoburilamento da vontade e do comportamento, numa preparação às Colônias Espirituais para onde transferirás mais tarde residência, onde o respeito e a cordialidade, como a gentileza e o afeto, preponderam em todos os círculos.

Como ninguém tem obrigação de te amar, antes te impuseste o dever de a todos amar, respeita nos ásperos, nos ingratos e nos frios do teu caminho criaturas e corações empedernidos, infelizes, a quem deves doar maior quota de gentileza, pois que ela é também caridade em nome de Deus para o grande mal de que padece a Humanidade, em forma de egoísmo avassalador.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

TENTAÇÕES




Cuidado com tuas intenções e ações!
Não cedas à tentação que te fustiga.
Não te compliques por um minuto de concessão de prazer ou de obter "coisas" que não te pertences. A tua intenção é que esta em “jogo”.
Quantos, ao teu redor, dariam tudo para retrocederem no passo que lhes precipitou a queda moral?
A ilusão da carne ou de angariação de bens materiais ou ambas são sombras que passam.
Desenvolve os teus sentidos espirituais. Tudo que necessitas chegará em tempo hábil. O que te pareces agora, fácil e oportunista, poderás ser te muito caro daqui num futuro bem próximo. Mudes o curso de tua vida pra elevação moral. É esta que te será cobrada. A parte material pode ser doentia e nunca deixará de ser passageira.
Fazes com que as tuas emoções transcendam o que a matéria te enseja vivenciar. não te concedas deslizes morais, nem aqueles que as convenções a pouco e pouco chancelam como comportamento social moderno.
Quanto desencanto na alma de quem não logra superar as próprias fragilidades!
Se ajudas nos misteres modestos, ignorados, ou tidos como humilhantes, realiza o melhor ao teu alcance, sem maracutaias e presunção de galgar os postos de comando ou de preeminência, tão do agrado da vaidade, quanto simultaneamente perigosos.
Fortalece-te, a cada dia, contra os hábitos infelizes que te dominam.
Protesta, mentalmente, contra as tuas mazelas de ordem moral.
Não mais te comprazas no que antes te refestelavas.
Que a tentação jamais te encontre de vontade débil.
E não se submetas, sem que te tenhas exaurido na luta.
Sobretudo não te favoreças devaneios, ilusões. Cada um é o esforço que envida em prol do burilamento interior. Nem jactância, nem desprezo
Do livro: Dias melhores - Irmão José.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O DINHEIRO


De fato, o dinheiro Constitui pesada responsabi­lidade para o seu possuidor.
Não compra a felicidade e muitas vezes torna-se responsável por incontáveis desditas.
Apesar disso, a sua ausência quase sempre se transforma em fator de desequilíbrio e miséria com que se atormentam multidões em desvario.
O dinheiro, em si mesmo, não tem culpa: 
não é bom e nem mau.
A aplicação que se lhe dá, torna-o agente do progresso social, do desenvolvimento técnico, do conforto físico e, às vezes, moral, ou causa de inomináveis Iesgraças.
Sua validade decorre do uso que lhe é destinado.
Com ele se adquire o pão, o leite, o medicamen­to, dignificando o homem pelo trabalho.
Sua correta aplicação impõe responsabilidade e discernimento, tornando-se fator decisivo na edifica­ção dos alicerces das nações e estabilizando o inter­câmbio salutar entre os povos.
Através dele irrompem o vício e a corrupção, que arrojam criaturas levianas em fundos despenhadeiros de loucura e criminalidade.
Para consegui-lo, empenham-se os valores da in­teligência, em esforços exaustivos, por meio dos quais são fomentados a indústria, o comércio, as realizações de alto porte, as ciências, as artes, os conhecimentos.
No sub-mundo das paixões, simultaneamente, dele se utilizando, a astúcia e a indignidade favorecem os disparates da emoção, aliciando as ambições desre­gradas para o consórcio da anarquia com o prazer.
Por seu intermédio, uns são erguidos aos pínca­ros da paz, da glória humana, enquanto outros são ar­rojados às furnas pestilentas do pavor e da desagrega­ção moral em que sucumbem.
Sua presença ou ausência é relevante para a quase totalidade dos homens terrenos.
Para o intercâmbio, no movimento das trocas de produtos e valores, o dinheiro desempenha papel pre­ponderante.
Graças a ele estabelecem-se acordos de paz e por sua posse explodem guerras calamitosas.

Usa-o sem escravizar-te.
Possui-o sem deixar-te por ele possuir.
Domina-o antes que te domine.
Dirige-o com elevação, a fim de que não sejas mal conduzido.
Mediante sua posse, faze-te pródigo, sem te tor­nares perdulário.
Cuida de não submeter tua vida, teus conceitos, tuas considerações e amizades ao talante do seu condici- onamento.
Previdente, multiplica-o a benefício de todos, sem a avareza que alucina ou a ambição que tresvaria.
De como te servires do dinheiro, construirás o céu da alegria ou o inferno de mil tormentos para ti mesmo.

Se te escasseia nas mãos a moeda, não te supo­nhas vencido.
Ter ou deixar de ter, importa pouco, na econo­mia moral da tua existência.
O importante será a posição que assumas em re­lação à posse.
Não te desesperes pela ausência do dinheiro.
Como há aqueles que se fizeram servos do que têm, os há, também, escravizados ao que gostariam deter.
O dinheiro é meio, não meta. Imprescindível colocar-te jubilosamente na situa­ção que a vida te brindou, padronizando as diretrizes e os desejos pessoais dentro dos limites transitórios da experiência educativa por que passas, conseqüência natural do mau uso que fizeste do dinheiro que um dia possuiste.
Por outros recursos poderás ajudar o próximo e erigir a felicidade pessoal, conforme as luminosas li­ções com que o Evangelho te pode enriquecer a vida.
Essencial é viver bem e em paz com ou sem o di­nheiro.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

JESUS !!! QUE HOMEM ERA ESTE?


Um Homem de uma personalidade sólida, marcante. De um olhar calmo e penetrante.
Confiante nas suas ações e deveres para Deus e pra toda a humanidade.   
Este Homem mudou a história da humanidade. Ele a dividiu em antes de depois dele. Revolucionou todos os conceitos na época da Lei Divina ( Dos 10 Mandamentos, transformou-o em 1 – Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a ti mesmo. Porque voce primeiro tem de se amar pra poder dar amor. O amor é a pureza da doação! Quem ama não mata, não rouba, não faz adultério, não cobiça as coisas dos outros e etc....) e das leis Mosaicas. 
Abalou toda estrutura psicológica do mundo, principalmente do Império Romano e Judaismo .
Até hoje a humanidade comemora o Seu nascimento e Sua morte. 
Um Homem que atuava como artesão da emoção e escultor da inteligência quando o mundo desabava sobre Ele. 
Amou a humanidade como nenhuma outra pessoa. 
Ainda na cruz, no seu derradeiro momento, elevando seus pensamentos ao "Criador - Deus Pai" e rogou por nós - "Pai perdoa-os porque eles não sabem o que fazem". Isto porque Ele já nos tinha perdoado por tudo que O fizemos, Seu amor por nós, ainda não existem palavras em nossos dicionários pra traduzi-lo. Ele nos conhecia por "dentro" e por "fora". 
Quando nos falava, em seu olhar penetrante, lia a nossa "alma", Ele conhecia as nossas "necessidades" e as nossas "mazelas morais".
Cada um O comprende de acordo com sua condição de compreensão. 
Sua linguagem simbólica era universal, que são as parábolas. Ele não tinha a intenção de impor as suas palavras e sim mostrar os ensinamentos através da vivência e existência humana.
" Viveu a Sua humanidade com singular elevação, suportanto fome, dor, abandono e morte sem impacientar-se, submisso e confiante, ultrapassando todas as barreiras então conhecidas a respeito das resistências humanas..." ( Joanna de Angelis ). 
Praticava o amor em toda sua plenitude. 
Em Seus ensinamentos nos fala do amor a Deus e ao próximo como o primeiro ato de nossa existência, não considera, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo. 
Ele nunca nos abandonou! Ele sempre esteve e esta em nós. Mesmo nos mais rudes espíritos existêntes, Ele é "aquela" centelha no seu coraçãozinho esperando um dia florir para o verdadeiro amor.
Somente indo até Ele e deixando-se penetrar pela Sua Realidade, poderá a psicologia profunda entendê-lo sem O definir, estudá-lo sem O limitar"( Joanna de Angelis ).
Psicologia Profunda - Iris Sinoti